Depressão: Diagnóstico e Tratamento.



A depressão maior é um transtorno mental que acomete um grande número de pessoas na população mundial. Devido às altas taxas de incidência, muito se tem estudado acerca da terapêutica a ser empregada nestes casos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o grau de incapacitação dos sujeitos devido a Depressão Maior é superior ao que em outras doenças crônicas e recorrentes, como hipertensão, diabete melitus, artrite e dor crônica.
O diagnóstico de Depressão Maior é realizado frente à ocorrência de pelo menos um episódio depressivo, caracterizado pelos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-IV ou a partir da Classificação dos transtornos mentais e de comportamento da CID-10, segundo a Organização Mundial da Saúde. Os critérios diagnósticos de depressão envolvem uma série de sintomas psíquicos (humor deprimido, anedonia, alteração em certas capacidades cognitivas, perda de interesse e prazer), fisiológicos (alterações do sono, alterações do apetite, fadiga, redução do interesse sexual) e alterações de comportamento (retraimento social, crises de choro, comportamento suicida, alterações na atividade motora). É necessário que os sintomas, acima citados, ocorram durante um período mínimo de duas semanas para caracterizar um quadro de depressão maior.
A combinação de farmacoterapia e psicoterapia tem sido importante instrumento para a estabilidade do quadro. O tratamento tem sido fundamental para diminuição de sofrimento e prevenção de novos episódios depressivos ao longo da vida.
A terapia cognitivo-comportamental tem sido indicada para o tratamento da Depressão Maior aplicada isoladamente ou em associação com fármacos visando não apenas o alívio imediato dos sintomas, mas auxiliando na manutenção de ganhos terapêuticos, reduzindo o risco de recorrência à longo prazo.
A psicoterapia permite ao paciente aprender com a sua experiência. O paciente aprende a monitorar e testar a sua realidade. O objetivo da terapia consiste em modificar padrões estereotipados de pensamentos negativos, pois segundo esta abordagem teórica, esta é uma disfunção cognitiva comum em pacientes depressivos. Pensar sobre si e sobre o mundo de uma maneira funcional, de acordo com a realidade, permite desenvolver um repertório mais adaptativo de pensamentos e comportamentos, permitindo ao paciente estar preparado para lidar com fatores de risco de recorrência ao quadro.

Revisão Bibliográfica: Andresa Soster
  

Comentários

Postagens mais visitadas